quarta-feira, 28 de setembro de 2011

SÍNTESE DOS GRUPOS DE TRABALHO DO I SEMINÁRIO ESTADUAL DA AGRICULTURA FAMILIAR


GRUPO TRABALHO N° 01 – TEMA: POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS: PCTs
SINTETIZADORA: ADRIANA ROCHA (SAF/SEAPA)
PARTICIPAÇÃO: 15 PARTICIPANTES (REPRESENTANDO FEDERAÇÃO QUILOMBOLA, CIMI, COPIMG, CONSEA, FUNASA, CAA, EMATER, INCRA/MG)


EIXO TERRA


PROBLEMAS
OBJETIVOS
AÇÕES/ESTRATÉGIAS

01
Áreas legalizadas dos PCTs inviabilizadas para uso das comunidades dentro de unidades de conservação
Viabilização do uso das áreas tradicionais que se encontram uma unidade de conservação para os PCT´s.
Identificar e mudar a categoria de unidade de conservação para uso sustentável

02
Territórios das comunidades sobrepostos aos interesses públicos e privados
Interesses públicos e privados retirados dos territórios tradicionais

03
Regularização fundiária com um processo complexo e moroso
Regularização fundiária com um processo ágil e simplificado e desburocratizado
Realizar um seminário para representantes dos PCT´s com o objetivo de  construção de uma  política agrária para os povos e comunidades tradicionais.
Dotar os órgãos responsáveis pela regularização fundiária de recursos humanos e orçamentários suficientes.

04
Áreas insuficientes para a produção das famílias
Áreas suficientes para a produção alimentar das famílias
Fazer o repasse das terras devolutas para os PCTs.
 O ITER providenciar o levantamento com a visibilidade das terras devolutas. 

EIXO POLÍTICAS PÚBLICAS

Objetivo maior: Os povos e comunidades tradicionais com acesso aos programas e políticas públicas na agricultura familiar, intensificando a assistência técnica diferenciada e atendendo a necessidade e as especificidades de sua biodiversidade.


PROBLEMAS
OBJETIVOS
AÇÕES/ESTRAGÉGIAS

01
Os PCT´s encontram dificuldades enormes para retirar suas DAP´s
Os PCT´s retirando DAP”s com facilidade
Criar uma comissão estadual de PCTs.
Estender convite de participação aos povos de terreiro ciganos e outras PCTs.

O estado reconhecer e apoiar a comissão dos PCT´s na gestão das políticas publicas e projetos financiados.

Exigir audiências publicas nos projetos e obras que afetam os PCT´s

02
As políticas específicas dos PCT´s são desarticuladas das propostas elaboradas pelos povos e comunidades tradicionais.
Políticas específicas para os PCTs´s  articuladas com as propostas que já foram articuladas nos diagnósticos e trabalhos realizados por diversas entidades e órgãos governamentais dentro dos territórios


03
Desconhecimento por parte dos PCT´s das políticas públicas que existem para seu atendimento e das formas e padrões de acesso a estas políticas
Povos e comunidades tradicionais entendendo e conhecendo o processo para acessar as políticas publicas existentes para seu publico


04
Existência diferenciação no tratamentos dado a PCT´s e aos fazendeiros e iniciativas privadas, em detrimento dos PCT´s no que diz respeito ás multas ambientais e na retirada de licenças ambientais
Inexistência de diferenciação entre fazendeiros e iniciativa privada no processo de retirada de licenças ambientais e de multas ambientais


05
As políticas e as pesquisas não atendem a necessidade de apoio para a implantação de processos agroextrativistas nos territórios tradicionais
Pesquisas e políticas atendendo e apoiando a implantação de processos agroextrativistas nos territórios tradicionais


06
A assistência técnica específica para a realidade/diversidade  sócio cultural ambiental econômica que existe nos territórios   tradicionais não é efetiva
Efetivação assistência técnica específica para a realidade/diversidade sócio cultural ambiental econômica que existe nos territórios tradicionais.


07
Desconhecimento da atuação da SAF por parte dos PCT´s
PCT´s com amplo conhecimento a respeito das possibilidades e da atuação da  SAF
Divulgar as ações da SAF direcionadas aos PCTs

EIXO MEIO AMBIENTE – SAÚDE – SEGURANÇA ALIMENTAR


PROBLEMAS
OBJETIVOS
AÇÕES/ESTRAGÉGIAS

01
Degradação do meio ambiente
Promover o acesso regular e permanente a alimentos com qualidade e em quantidades suficientes que garanta a segurança alimentar e nutricional reconhecendo a cultura alimentar dos povos e comunidades tradicionais
Apoiar o desenvolvimento e a promoção da agroecológia junto aos povos e comunidades tradicionais.

02
Contaminação pelo uso abusivo de agrotóxicos
Fomentar e incentivar o uso e manejo da agrobiodiversidade (sementes crioulas- caça - animais rústicos )

03
Uso de transgênicos

Desenvolver e fomentar o uso de práticas alternativas de controle de pragas e doenças

04
Territórios degradados e envenenados por usos anteriores (fazendas, empresas)
Garantir o acesso aos recursos naturais (terra água e vegetação nativa) e fortalecer o extrativismo nos territórios tradicionais.


Insegurança alimentar e nutricional
Elaborar uma legislação que controle o uso de transgênicos em regiões e comunidades onde vivem os povos e comunidades tradicionais.


Falta de acesso aos recursos naturais
Água e solos contaminados por uso indevido nas microbácias onde vivem povos e comunidades tradicionais
Apoiar a recuperação de áreas degradadas e contaminadas


Falta de saneamento básico
Bacias hidrográficas onde se inserem os povos e comunidades tradicionais recuperadas com famílias acessando a água de qualidade
Fiscalizar e controlar o uso de agrotóxicos.

Implantar sistemas de saneamento básico em todas as comunidades

Escassez e poluição de água


EIXO EDUCAÇÃO ESTRUTURA E OUTROS


PROBLEMAS
OBJETIVOS
AÇÕES/ESTRAGÉGIAS

01
O processo de formação e educação não potencializa e valoriza as riquezas sócios ambientais culturais dos povos e comunidades
Processos de formação e educação respeitando valorizando e fomentando as riquezas sócias ambientais dos PCTs
Elaborar e implementar uma política de educação específica para comunidades tradicionais.

02
Desconhecimento das potencialidades produtivas dos PCT´s
Potencialidades produtivas dos PCT´s devidamente levantadas , divulgadas e consideradas nos planejamentos e ações estratégicas do estado
Desenvolver auto -diagnóstico das potencialidades produtivas.

03
Inexistência de um processo de escoamento de produção  nos PCTs para fora do território
Produção dos PCT´s escoando de maneira eficiente dentro e fora do território
Melhorar as estradas de acesso

04
A total precariedade das estradas vicinais de acesso aos PCT´s inviabilizando o transporte humano
Estradas vicinais atendendo o transporte humano de forma ininterrupta.
Criar uma consciência coletiva local de conservação envolvendo os poderes estaduais

Ampliar o programa de estradas ecológicas para os territórios como ação de urgência de falta de acesso a direitos humanos a saúde educação economia

05
Inexistência de transporte adequado para as pessoas se deslocarem dentro e fora do território
Existência de transporte adequado para as pessoas transitarem dentro e fora das comunidades tradicionais
Garantir transporte com qualidade para os PCT´s.




GRUPO DE TRABALHO N° 02      TEMA: AGRICULTURA URBANA E PERI-URBANA
SINTETIZADOR: ALEXANDRE MONTEIRO (SAF/SEAPA)
PARTICIPAÇÃO: 18 PARTICIPANTES (REPRESENTANDO FETAEMG, MST, EMATER, RECID-MG, ITER, VIA CAMPESINA, UFMG, PREFEITURA DE CONTAGEM, AMAU)


AGRICULTURA URBANA E PERI-URBANA

PROBLEMAS
OBJETIVOS
AÇÕES/ ESTRATÉGIA
01
Ausência de conceitos e políticas públicas específicas para o incentivo e apoio  às práticas de agricultura urbana.
Políticas públicas específicas que garantam, de forma continuada, o acesso a terra, a assessoria técnica com enfoque agroecológico e de gênero, bem como os fatores que garantam as condições para produção (insumos, água, equipamentos e outros).





Criar o Programa Estadual de Agricultura Urbana com orçamento e participação popular.
02
Falta de apoio financeiro e estrutural para produção, escoamento e comercialização, garantindo a participação da sociedade civil em todas as etapas de elaboração, planejamento, execução, sistematização e monitoramento das ações e programas de agricultura urbana.
Recursos garantidos para apoio à produção, escoamento e comercialização, com gestão compartilhada.
03
Dificuldade de acesso aos mercados institucionais (ex. PAA- PNAE).
Mecanismos criados garantindo acesso aos mercados institucionais




GRUPO DE TRABALHO N° 03      TEMA: EDUCAÇÃO DO CAMPO
SINTETIZADOR: JOSÉ ANTÔNIO RIBEIRO (SAF/SEAPA)
PARTICIPAÇÃO: 15 PARTICIPANTES (REPRESENTANDO ASA/MG, AMEFA, AMA SEE/MG, CTSANS, CONSEA/MG, FETAEMG, MST, CEDRS, VIA CAMPESINA, UFMG, UFV)


PROBLEMAS
OBJETIVOS
AÇÕES/ ESTRATÉGIA
EIXO 1 CONCEPÇÃO E NORMATIZAÇÃO
1
Desvalorização da cultura camponesa nas escolas públicas
Elaborar e implementar no estado de MG, uma política de educação do campo, que contemple as diferentes culturas e modos de vida diversificados dos povos do campo
A subsecretaria articular as diversas secretarias e órgãos estaduais para participar do 1º seminário estadual de educação do campo (06 a 08 de novembro de 2011), promovido pela SEE-MG, dos seminários regionais e do 2º seminário, afim de ouvir as demandas das regiões do estado  e regulamentar as diretrizes que comporão a política de educação do campo no estado.
2
Concepção de educação que não atende as especificidades do campo
Criar condições para apoiar a AMEFA na organização e capacitação dos agricultores familiares em associações mantenedoras das EFAS`s e aquelas a constituir, uma vez que nos territórios rurais de MG estão sendo aprovados recursos somente para a infra-estrutura das EFAS.
3
Currículo descontextualizado da realidade
O exemplo do programa agente jovem de desenvolvimento local (dentro da lógica da transição agroecológica) do estado da Bahia, criar em MG condições para que os estudantes das EFAS possam atuar como agentes de desenvolvimento local em parcerias com a AMEFA, Emater, STR`s, CMDRS, entidades do campo agroecológicas, etc.
4
Reconhecimento e apoio das lideranças políticas como uma educação diferenciada
Articular a ampliação do marco regulatório a fim de viabilizar a manutenção das EFAS no estado de MG
5
Dificuldade de entender e fazer educação do campo para além das salas de aulas (educação do campo não é só escolarização)
Regulamentar nos âmbito estadual e municipal, as diretrizes operacionais da educação do campo nas escolas do campo
A partir da provocação das entidades da sociedade civil, apoiar a criação, no âmbito da SEE-MG E CEE-MG , normativas para implementação e regulamentação das diretrizes operacionais da educação do campo nas escolas do campo (temos conhecimento que até o momento, somente Miradouro e Acaiaca tem estas diretrizes regulamentadas)
A SAF prever no seu orçamento, recursos para apoiar eventos relacionados a temática de educação do campo. Ex.: seminários, intercâmbios, capacitações, etc.
6
Postura de dominação, regulação e uniformização das SRES’s
Elaborar uma normatização em nível estadual que garanta a participação da sociedade civil na elaboração, implementação e avaliação do currículo das escolas do campo
Criar momentos de estudo junto as lideranças dos movimentos sociais, para aprofundar propostas de elaboração desta normatização
Negociar a implementação destas propostas junto ao CEE-MG
EIXO 2 POLÍTICA DE ESTADO PARA A EDUCAÇÃO DO CAMPO
1
Política de educação do campo não se concretiza porque está enraizada, está posta num projeto de desenvolvimento, de campo e de sociedade que vai na contra-mão do projeto posto historicamente (é um desafio de luta constante)
Construção de um projeto de desenvolvimento popular
Consolidar um GT de educação do campo com representantes da SEE-MG, SEPLAG e da SAF/SEAPA, juntamente com movimentos sociais e sindicais do campo para a efetivação de uma política estadual de educação do campo
2
Diretrizes ou política estadual de educação do campo
Valorização da cultura camponesa
Realizar seminários regionais e encontros municipais que garantam a implantação da política estadual de educação do campo
3
Educação que reforça a idéia de que a vida no campo é inviável
Implementação de uma política de reforma agrária para MG e Brasil, visando a permanência das pessoas no campo e efetivando de fato a política pública de educação do campo
Garantir orçamento para implantação da política estadual de educação do campo

Modelo de educação ofertado no campo propaga uma concepção que sobrepõe a cidade do campo; fato esse que alimenta sobremaneira a saída dos jovens do campo para a cidade
Que o governo de estado consolide parcerias para garantia de cursos de formação de professores do campo, considerando as licenciaturas em educação do campo existentes no estado.
4
Ausência de reforma agrária
Que o SAF/SEAPA, juntamente com a secretaria de estado da fazenda e movimentos de luta pela terra, construa um plano de ações que garanta de fato a obtenção de terras e de orçamento para efetivação da reforma agrária.
EIXO 3 POLÍTICA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO
1
Não integração dos projetos de fomento à educação do campo
Criação de política pública para garantir recursos financeiros
Identificar no orçamento do estado, fontes de recursos para a educação do campo
2
Ampliação dos recursos financeiros
Fixar critérios para a alocação de recursos do orçamento do estado para material escolar, alimentação e deslocamento na área rural
3
Dependência de projetos que gera falta de autonomia das organizações e movimentos sociais
Criação de política de estado para a educação do campo
Oferecer escolas em todos os níveis de educação no meio rural com melhoria da estrutura física das unidades educacionais com padrão adequado ao campo.
4
Fechamento de escolas
Buscar diálogos e responsabilização dentro das diversas esferas do estado e demais entes federados e movimentos sociais constituídos
5
Nucleação que estimula a saída do campo
Promover uma maior participação de conselhos para acompanhamento na formulação e gestão das políticas.
6
Inexistência de cooperação entre os entes federados
EIXO 4 IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO
1
Poucos professores com formação específica
Implementar política de formação inicial e continuada em educação do campo para educadores
Criação de cursos de especialização na modalidade de educação do campo
2
Professores sem formação adequada
Criação de uma sub-secretaria de educação do campo na SEE-MG
3
Infraestrutura precária
Estimulo a criação de estrutura similar nas prefeituras municipais.
4
Multisseriação
Implementar política salarial específica para educadores(as) da educação do/no campo
Criação de uma bonificação para os educadores do campo
5
Desvalorização dos profissionais da educação
Reestruturar e construir escolas no campo para serem referência de formação de estudantes, famílias e comunidades
Construção de calendário escola-comunidade que favoreça a participação das famílias
Garantir material pedagógico que atenda a educação do campo
Construção de material pedagógico específico para as escolas do campo


GRUPO DE TRABALHO N°04 – TEMA: CONTROLE SOCIAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
SINTETIZADORA: JULIANA CECILIA VELOSO (SAF/SEAPA)
PARTICIPAÇÃO: 21 PARTICIPANTES (REPRESENTANDO ASA/MG, EPAMIG, VISÃO MUNDIAL, CONSEA/MG, FETAEMG,
CEDRS, UFMG, UFV,FETRAF, SETUR, FEDERAÇÃO DOS PESCADORES,CPT, INCRA/MG,AMEFA)


PROBLEMAS
OBJETIVOS
AÇÕES/ ESTRATÉGIA
1
Não produção de resolução pelos conselhos
Produzir resoluções pelos conselhos
Garantia da execução de dotação orçamentária para ações e projetos da agricultura familiar e pesca.
2
O conselho não dispõe das informações orçamentárias das políticas e programas

Ter transparências nas informações orçamentárias
Investimento em organizações como EFAS que promovem a formação de novas lideranças do campo.
3
Conselheiros sem capacitação e formação em políticas públicas
Capacitar lideranças de base e formar novos conselheiros
Reformulação do CEDRS de forma que o mesmo possa monitorar e avaliar as políticas públicas e programas voltados para agricultura familiar no estado, garantindo a representatividade da diversidade das organizações da agricultura familiar.
4
Baixa compreensão do papel do conselheiro
5
Vários conselhos com mesmos representantes
6
Falta de condições para que agricultores/as participem das reuniões
Garantir orçamento da subsecretária AF para capacitação e manutenção do CEDRS
7
Rotatividade dos conselhos
8
O conselheiro decide e o executivo não implementar
Ter autonomia dos conselhos

Monitorar e avaliar as ações deliberadas pelo conselho
9
O governo não conhece a realidade das bases
O governo aproxima-se das bases, conhecendo a realidade local
10
Falta de política estadual para pesca e agricultura familiar
Construir e implementar Políticas Públicas Estadual para Agricultura Familiar e Pesca
Grupo de Trabalho para debater a lei 177/2011


GRUPO DE TRABALHO N°05 TEMA: TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL
SINTETIZADORA: EUGÊNIO RESENDE (SAF/SEAPA)
PARTICIPAÇÃO: 21 PARTICIPANTES (REPRESENTANDO AMAU, IEF, ITER, EMBRAPA, EMATER, AMA, REDE-MG, ASA-MG, CONSEA-MG, FETAEMG, CTA-ZM/ANA, UFV, FEDERAÇÃO DOS QUILOMBOLAS, MAPA, CARITAS, CEEPS, AMEFA, UFLA)



Problema
Objetivos
Estratégia


1
Falta de Formação agroecológica adequada, falta de organização das informações existentes e de uma comunicação efetiva
Sistematização de experiências agroecológicas de diferentes instituições (ONGS, organizações sindicais, empresas públicas etc.)
Identificação e sistematização de experiências

Resgate e valorização dos saberes e culturas locais
Realizar uma reunião com entidades e pessoas com experiência em agroecologia para aprofundar os procedimentos metodológicos da identificação e sistematização das experiências, saberes e culturas locais
Plano de formação de agricultores /técnicos (incluindo comunicadores e jornalistas)
Elaboração e viabilização de um plano de formação (incluindo pesquisa participativa, alfabetização agroecológica)
Uso de metodologias de construção coletiva do conhecimento (campesino-campesino)
Formação técnica para a produção agroecológica
Criar estratégias de divulgação, valorização e visibilização da agricultura agroecológica
Elaborar um plano de comunicação

Produção de materiais: divulgação, informação e conscientização
2





Falta de políticas públicas consistentes e articuladas
Construção de um marco Referencial da agroecologia
Criar espaços interinstitucionais de diálogos
Facilitar o acesso das instituições dos/as agricultores/as às instituições governamentais
Formar um grupo de trabalho para a construção de um programa de transição agroecológica para Minas Gerais a ser implementado não só pelas instituições do Estado (EMATER etc.), mas também pelo conjunto de atores da sociedade civil que atuam junto à agricultura familiar
Promover debates sobre a construção de um marco referencial para a agroecologia em Minas Gerais
Fortalecer o CEDRS
Rever a composição do CEDRS
Que o CEDRS trate especificamente de AF
Que o CEDRS garanta condições para participação dos conselheiros/as
Rever a dinâmica de funcionamento / metodologia das reuniões do CEDRS
Pesquisa em articulação com a extensão
Promover o diálogo e articulação da FAPEMIG com as universidades e EPAMIG para a construção de editais que apóiem projetos inovadores de pesquisa em articulação com a extensão em agroecologia.
Alternativas de ATER
A sub-secretaria deve articular e apoiar múltiplos atores sociais para realizar o serviço de assessoria técnica agroecológica
O acesso dos recursos para a realização dos serviços de assessoria técnica agroecológica devem ser garantidos para organizações sociais de todos os tamanhos e formatos
O credenciamento dos prestadores de serviço de ATER devem ser simplificados, permitindo acesso para organizações sociais de pequeno porte
3
Gargalos tecnológicos (máquinas, insumos etc)
Viabilizar a agricultura agroecológica
Levantamento dos gargalos tecnológicos para a agricultura familiar em geral
Identificar os gargalos tecnológicos específicos das experiências agroecológicas já existentes
Concertação institucional (Universidades, Epamig, etc) para vencer os gargalos tecnológicos
Estabelecimento de critérios para fomentar as experiências já existentes e novas experiências agroecológicas
4
Dificuldades da comercialização da produção agroecológica
Viabilizar a comercialização da produção agroecológica da agricultura familiar
Potencializar os MLPs e os barracões dos produtores
Criar estruturas de recebimento e pré-preparo dos alimentos para o PNAE
Potencializar outros espaços de comercialização como as feiras livres, entrega direta, mercadinhos dos produtores etc.






GRUPO DE TRABALHO N°06 TEMA DE ORGANIZAÇÕES RURAIS
SINTETIZADORA: GISELE RENAULT (SAF/SEAPA)
PARTICIPAÇÃO: 19 PARTICIPANTES (REPRESENTANDO EMATER, EPAMIG, CONSEA/MG, FETRAF, FETAEMG, CEDRS, ANA, UFV, UFU, SEDE, MDA, BDMG)


Problema
Objetivos
Estratégia
1
Burocracia
Facilitar a criação e operacionalização das organizações da Agricultura Familiar
Criação de lei especifica no Estado para tratar da Agricultura Familiar – Lei 117/2011;

Garantir a representatividade de organizações da Agricultura Familiar, bem como sua ampliação nos espaços de controle social ( conselhos, câmaras temáticas, etc).
2
Deficiência de Assessoria permanente junto ás organizações e agricultores
Disponibilizar Assessoria Técnica qualificada valorizando as tradições culturais de cada região.
Ampliar quadro técnico com o perfil de atuação e proximidade da agricultura familiar;

Criar quadro técnico para as temáticas especificas( Cooperativismo/ associativismo; agroecologia; gênero/ geração;  organização da produção) etc....;

Atendimento de 100 agricultores para cada 1 técnico                  
3
Recursos escassos e dificuldade de acesso para a estruturação e fortalecimento das organizações
Estruturar e Fortalecer as Organizações da Agricultura Familiar
Criar fundo social de apoio ás organizações da Agricultura Familiar;

Aportar recursos e subsídios para capital de giro.   
4
Os interesses das cooperativas da Agricultura Familiar não são representados diante do Estado
Constituir, legitimar e apoiar a UNICAFES-MG
Propor participação na Pré Assembléia da UNICAFES;

Mobilizar representantes da Agricultura Familiar para legitimar UNICAFES.MG.                  

5
Má qualidade da Educação Básica em Minas Gerais
Constituir uma educação básica de qualidade no Estado de Minas Gerais.
Priorizar estratégias educacionais voltadas para a realidade do campo;

Legitimar a Pedagogia da Alternância como modelo para a Educação do Campo;

Articular ações do Poder Público nos níveis estadual e municipal para sua viabilização;

Garantir o cumprimento da lei que exige inclusão do tema “ cooperativismo” no currículo escolar.               

6
Pouca formação e qualificação no processo de gestão das organizações da Agricultura Familiar.
Promover a formação e qualificação dos agricultores familiares envolvidos diretamente nas organizações da Agricultura Familiar.
Programa de qualificação gerencial das organizações coletivas da Agricultura Familiar;

Articulação interinstitucional das políticas publicas e das organizações;

Disponibilizar assistência técnica contínua para orientação na gestão dos empreendimentos;

Potencializar a atuação dos CMDRS.

7
Ações contrárias de grandes empresas que enfraquecem as organizações
O grupo não conseguiu definir e qualificar corretamente o objetivo por falta de tempo.
 ( atraso na mesa da parte  da manhã).
Encontro ou seminário da organização da produção da agricultura familiar com temas como: Mercado e Comercialização; Mercado Institucional PAA e PNAE; Ninchos Mercadológicos e Competitividade, Personalidade Jurídica x Exigências do Mercado, Associações x Cooperativas, etc....      



GRUPO DE TRABALHO N.º 07 TEMA: COMERCIALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO SANITÁRIA DOS PRODUTOS DA AGROINDUSTRIA FAMILIAR
SINTETIZADORA: ANA HELENA CUNHA (SAF/SEAPA)
PARTICIPAÇÃO: 25 PARTICIPANTES (REPRESENTANDO MAPA/SFA-MG, SES-MG. CAE, SEE-MG, PMBH, EMATER, MDA, CMDRS, AMA, COOPIFOR, FEDERAÇÃO QUILOMBOLA, ASA-MG, FETRAF, CTSANS, CONSEA-MG, IMA, DFDA/MDA-MG, SAF).


Problema
Objetivos
Estratégia
1
Dificuldade de Acesso ao Crédito
Acesso ao Crédito
Criar fundo garantidor.
Criar microcrédito através de cooperativas de produtores familiares.
Acessar informações sobre linhas de crédito e como acessar.
Articular com BDMG, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e outros agentes financeiros.
2
Falta de regulamentação da legislação sanitária estadual
Aplicação da legislação sanitária estadual dos Estabelecimentos agroindustriais rurais de pequeno porte
Regulamentar a lei
Divulgar a legislação
3
Desuniformidade, desnivelamento e falta de capacitação dos técnicos dos órgãos de inspeção e subsecretaria

Uniformidade, nivelamento e capacitação dos técnicos dos órgãos de inspeção e subsecretaria
Capacitação de multiplicadores 
Promover encontros regionais para divulgação de informações e planejamento conjunto
Criar rede de discussão para solucionar os problemas enfrentados pela agroindústria e socializar as ações do Estado.
4
Desuniformidade, desnivelamento e falta de capacitação dos técnicos dos órgãos de inspeção e subsecretaria.

Uniformidade, nivelamento e capacitação dos técnicos dos órgãos de inspeção e subsecretaria.
Capacitação de multiplicadores 
Promover encontros regionais para divulgação de informações e planejamento conjunto.
Criar rede de discussão para solucionar os problemas enfrentados pela agroindústria e socializar as ações do Estado.                      
5
Assistência Técnica Inadequada e insuficiente
Assistência Técnica adequada e suficiente
Aporte de recursos humanos e financeiros suficientes para EMATER, IMA, SES/VISA.
Identificar e priorizar as demandas de assistência técnica.
Capacitar os técnicos para atender as demandar dos Empreendimentos Agroindustriais rurais de pequeno porte.
6
Logística deficiente para a comercialização dos produtos da AF.
Garantia de logística para o escoamento da produção.
Utilizar recursos do PAC 2 para recuperação de estradas vicinais.
Parceria com instituições governamentais para aplicação dos recursos e alcançar os objetivos.
Estimular o uso de meios de transporte adequados para o escoamento da produção.
7
Ausência de pesquisa direcionada para agroindústria familiar
Realizar pesquisas direcionadas a agroindústria familiar.
Demandar pesquisas às instituições (EPAMIG, EMBRAPA).
Solicitar da FAPEMIG/CNPQ edital específico para pesquisas para estabelecimentos agroindustriais rurais de pequeno porte.
Divulgar e capacitar profissionais e agricultores das pesquisas existentes para os agricultores familiares.


GRUPO DE TRABALHO N.º 08 TEMA: COMERCIALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA E FISCAL DOS PRODUTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR
SINTETIZADOR: LUCAS SCARASCIA (SAF/SEAPA)
PARTICIPAÇÃO: 10 PARTICIPANTES (REPRESENTANDO CMDRS, UFMG, FETRAF, EMATER, CONSEA-MG, SEE-MG, CAE-MG, CONAB-MG, FETAEMG)


PROBLEMA
OBJETIVOS
ESTRATÉGIA
1
Divergências entre as legislações tributária e previdenciária no que tange ao enquadramento dos produtos processados da agricultura familiar        (% de matéria prima que não é produzida na propriedade utilizada na produção)
Legislações harmonizadas (em relação aos produtos processados)
Criar um grupo intersetorial paritário, envolvendo secretaria de estado de fazenda, subsecretaria de agricultura familiar e entidade de classe para identificar as divergências e apontar soluções a respeito do enquadramento dos produtos processados em relação à % de matéria-prima utilizada em sua produção e também a questão de agricultor familiar processador de alimentos que é segurado especial no INSS.
2
Excesso de burocracia para emissão de nota fiscal
Dificuldade do agricultor familiar em cumprir as obrigações acessórias dos programas
Pouca agilidade na emissão de nota fiscal-eletrônica em mercados que funciona antes das 7 horas (fora do horário comercial da SEF) – homologação feita pela SEF atrasa o processo
3
O agricultor familiar emite nota fiscal regularmente, de forma adequada e satisfatória
O agricultor familiar emite nota fiscal regularmente, de forma adequada e satisfatória
Buscar articulação junto a secretaria de educação e secretaria de fazenda para simplificar os procedimentos de emissão de nota fiscal para os grupos informais que comercializam no PNAE – especialmente às questões relativas a emissão de nota fiscal mensal “versus” emissão de nota fiscal “por entrega” – e no mercado livre do produtor (que comercializa antes do horário comercial convencional)
4
As agências fazendárias possuem entendimentos diferentes a respeito das questões específicas da agricultura familiar
Há um nivelamento de processos e procedimentos específicos a respeito da legislação tributária para produtos da agricultura familiar entre as diversas agências fazendárias estaduais.
Articular junto a SEF capacitações e formações dos agentes fazendários em questões relativas à tributação de produtos processados da agricultura familiar.


GRUPO DE TRABALHO N.º 09 TEMA: CRÉDITO, SEGURO, ATER
SINTETIZADOR: GELSON SOARES (SAF/SEAPA)
PARTICIPAÇÃO: 12 PARTICIPANTES (REPRESENTANDO BB, EMATER, MDA, BNB, ITER, BDMG, FETAEMG, DFMDA, AMA)


PROBLEMA
OBSERVAÇÕES
1
Exigências excessivas e desnecessárias de documentos para a obtenção do Crédito (PNCF, PNHR, PRONAF);
1-A organização do Seminário não colocou o tema do acesso a terra na pauta do evento, o que prejudicou o grupo.
2-Pouca participação da sociedade civil
3-Tempo insuficiente
4-Discussão apenas dos problemas

PROPOSTA – Formação de uma comissão para elaboração das estratégias.
2
As exigências de Garantias exigidas pelos agentes financeiros são incompatíveis com a realidade da Agricultura Familiar;
3
Governo Estadual não assumiu o Crédito Fundiário (Problemas Operacionais):
  -Falta de Estrutura da Unidade Técnica Estadual (UTE-ITER);
  -Pouco quadro efetivo e troca constante de funcionários
      -Falta de Recursos Financeiros para execução do Programa
      -Fluxo do Processo de contratação complexo (PNCF e PNHR)
      -Deficiência na integração institucional dos órgãos estaduais (ITER,EMATER-MG,IEF e CEDRS).
      -Falta de investimento complementar ao crédito por parte do Estado de MG
      -Ineficiência para concluir a prestação de contas de convênios
      -Falta de Integração de outras políticas publicas, seguro e ATER, como prioridades para os beneficiários do PNCF e Banco da Terra
4
Morosidade do Processo de Licenciamento Ambiental dificultando o acesso ao crédito, principalmente aos assentados da Reforma Agrária;
5
Muitas propriedades sem regularização fundiária e com documentação irregular;
6
Ausência de acompanhamento dos agentes públicos da real situação dos assentamentos, regularização de quadro social, renegociação de dívidas, impossibilitando o acesso ao crédito;
7
Há dificuldades na obtenção da DAP (Grupo A);
8
Os projetos não levam em conta os potenciais produtivos das Unidades de Produção e são prejudicados por forte influência do mercado (vendedores);
9
Os recursos disponíveis não estão sendo acessados pelos beneficiários do PNCF e PNRA – (BNB cota PRONAF A);
10
 Quadro reduzido de técnicos da EMATER-MG, comprometendo a qualidade e eficiência da ATER;
11
 Os técnicos de ATER, em sua maioria não aplicam os princípios da Agroecologia;
12
 As chamadas públicas de ATER do MDA não levam em conta a diversidade da A.F nas regiões;
13
 Muitos técnicos não trabalham programas governamentais como PAA, PNAE, PNCF, PNHR, Arca das Letras (...);
14
 Há uma desarticulação entre o Crédito e Assistência Técnica;
15
Não há conhecimentos sobre a Lei 12.249 (renegociação de dívidas) por parte dos Agricultores Familiares – vence em novembro;
16
 Agricultores Familiares não estão conseguindo acessar o Seguro por falta de projeto de custeio agrícola (Contratação e Renovação);
17
 Os agricultores familiares desconhecem as exigências documentais para obter a indenização do Seguro.


GRUPO DE TRABALHO N.º 10      TEMA: AUTONOMIA ECONÔMICA DAS MULHERES
SINTETIZADORA: REBECCA IMPELIZIERI M. DA SILVEIRA (SAF/SEAPA)
PARTICIPAÇÃO: 22 PARTICIPANTES (REPRESENTANDO VIA CAMPESINA, GT GÊNERO E AGROECOLOGIA , CONSEA, FETRAF, FETAEMG, AMEFA, MOVIMENO GRAAL, ITER, UFMG,UEMG).


PROBLEMA
OBJETIVOS
ESTRATÉGIA
EIXO 1 BENS COMUNS (TERRAS, ÁREAS, ETC.)
1
Ausência da destinação das terras devolutas aos trabalhadores rurais
Garantir a autonomia econômica das mulheres, efetivando políticas para a reforma agrária
Destinar as terras devolutas para a reforma agrária
2
Dificuldade de acesso a terra
3
Dificuldade na reforma agrária
4
Dificuldade de acesso a água potável
5
Ausência de políticas públicas para melhorar as condições de vida nos assentamentos
6
Incompatibilidade do código florestal
EIXO 2 POLÍTICAS PÚBLICAS - COMERCIALIZAÇÃO
1
Ausência de uma certificação (selo agro ecológico) para a agricultura familiar
Criar selo agro ecológico para a agricultura familiar criado/ ampliar cozinhas sertanejas para comunidades tradicionais/ capacitar para o beneficiamento da produção, industrialização e comercialização
Criar um programa de apoio à organização produtiva para as mulheres agricultoras
2
Dificuldade de escoamento da produção
3
Ausência de políticas para industrialização dos produtos
EIXO 3 INVISIBILIDADE DO TRABALHO DAS MULHERES NO CAMPO
1
Trabalho das mulheres não é reconhecido
Garantir na SAF o tema mulheres, de forma a aumentar a participação política e o reconhecimento das mulheres
Criar a coordenadoria da mulher agricultora familiar na SAF
2
Pouca participação política
EIXO 4 EDUCAÇÃO DO CAMPO
1
Ausência de escolas técnicas agrícolas
Criar novas escolas técnicas agrícolas e fortalecer as já existentes, com educação voltada para a agroecológia, principalmente na educação infantil, permitindo às mulheres maior tempo de lazer e estudo.
Fortalecer a educação do campo priorizando as EFAS e implementando as escolas técnicas rurais
2
Ausência de uma educação voltada para a agroecológia
Criação de creches na zona rural
3
Falta de política pública para a educação infantil
4
Falta de tempo para lazer e estudo
5
Fechamento das escolas rurais
EIXO 5 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
1
Ausência de rede de proteção para mulheres do campo vítimas da violência doméstica
Fortalecer as mulheres agricultoras familiares politicamente e as proteger/amparar contra a violência
Construção de casas de apoio às mulheres vítimas da violência
2
Invisibilidade do trabalho produtivo realizado pelas mulheres
Fomentar a rede de enfrentamento à violência que as mulheres sofrem no campo
3
Cultura patriarcal arraigada







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